O POVO DE DEUS
Pior do que
conviver com a falta de temor de Deus no mundo, é conviver com a falta de temor DE Deus ENTRE o povo de Deus!
É inaceitável que um povo que conhece a Deus, que experimenta do seu amor e da
sua proteção, que convive com a sua graça e sua fidelidade, sim, é inaceitável
que esse povo faça algo menor do que andar no temor do Senhor!
Falta aquele
temor que independe da religião, aquele temor ao ser superior, criador de tudo,
santo, justo, amoroso, fiel. Falta, quem sabe, um temor àquele DEUS
DESCONHECIDO, que se referiram os atenienses, e que Paulo estrategicamente
aproveitou da situação para lhes anunciar o Deus de Israel.
Falta aquele temor
a Deus, que nos põe freio, que nos impede de avançar em atos impensados, que
nos faz parar ao invés de prosseguir obstinadamente em direção àquilo que
terminará em destruição, tristeza e dor profunda.
Deus, muito
decepcionado com o seu povo que andava desta forma, disse assim, através do
profeta Isaías:
“Este povo honra-me com os lábios, mas o
seu coração está longe de mim.”
Deus estava
cansado do “ajuntamento solene aliado à
iniquidade!” Deus estava cansado de ser reverenciado e adorado apenas como
uma imagem na parede; como alguém sem vida, sem pensamento, sem vontade, sem
autoridade. Deus não suportava a ideia de ser tratado como um boneco, como
alguém que não existia! Deus não suportava a ideia de apenas satisfazer o
desejo de culto daquelas pessoas e não participar da vida delas, não ser objeto
da confiança delas, de permanecer sempre alheio aos seus pensamentos e aos desejos
dos seus corações.
Deus quer o temor
do seu povo! Deus quer que paremos de ajustá-lo de acordo com os nossos desejos
e conveniências! Deus quer muito mais do que frases de efeito, muito mais do
que a nossa presença aos domingos na igreja, muito mais do que a nossa apresentação
e a nossa declaração de que somos o povo dEle. Deus quer o temor da sua gente!
Temer a Deus é reconhecê-lo
em todos os caminhos, é trata-lo como um ser pessoal e maravilhoso que a
despeito da sua grandeza faz questão de se relacionar conosco e de cuidar de
nós. É apartar-se do mal, é odiar a mentira, é praticar a justiça e a
misericórdia, é promover a paz, é refrear a língua, é orar, é proclamar o
Evangelho, é fazer alianças com os olhos, com os ouvidos, com os lábios, com as
mãos, com os pés, com a mente e com o coração.
Ainda disse Deus através
do profeta:
“Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação;
na tranquilidade e na confiança, a vossa força.”
Que possamos nos
aperceber da grandeza dessa declaração. Amém.
Pr. Élio Morais