quinta-feira, 2 de maio de 2013


FAMÍLIA,
INVENÇÃO DE DEUS, RESPONSABILIDADE MINHA!

                              
Deus inventou a família e isso faz dEle, além de tudo o que sabemos, um inventor maravilhoso! Quando Ele inventou a família, Ele inventou o bem mais precioso que alguém pode ter; o porto mais seguro, a sombra mais refrescante, o farol mais luminoso.
                               
É no seio da família que nos desnudamos sem a preocupação de sermos mal interpretados. É na família que nossas origens se identificam e nos lembram que os nossos laços, consanguíneos ou não, são tão fortes, que nos sentimos inatacáveis, intransponíveis e imbatíveis.
                               
É na família, nossa verdadeira cidade de refúgio, que encontramos abrigo no temporal, generosidade na escassez, boa vontade silenciosa, voluntariedade, solicitude e o amor, que brota como a semente boa, bem tratada, bem semeada.
                               
Nela, o amor, como um aroma suave, exala o seu cheiro, que contagia e convida a todos os que dela fazem parte a se unirem na dor, no sofrimento, na vitória, na alegria, na boa nova, no engraçado, no triste e, principalmente, no inesperado.
                               
É na família, que primeiramente se fica sabendo sobre Deus, porque Ele faz parte dela não somente inventando-a, mas cuidando, amparando-a, e manifestando Sua glória, pois jamais haverá um dia em família que a atuação de Deus não seja absolutamente perceptível!
                                
Mas precisamos valorizar mais essa maravilhosa invenção de Deus! Precisamos investir mais nela, pois jamais a família será tudo isso que citei acima se cada fiel não assumir a responsabilidade que lhe cabe! Jamais teremos famílias saudáveis se os fiéis não andarem com Deus, não viverem vidas separadas para Ele.
                               
Os valores de Deus, que aprendemos e apreendemos na igreja, o testemunho de uma vida transformada, a vontade de ser cheio do Espírito Santo, o desejo ardente de cultuar e de servir ao Senhor, a fidelidade conjugal, a fidelidade a Deus e a lealdade aos irmãos, a liberalidade, o hábito da oração e da leitura da Palavra de Deus, o ensino aos pequeninos e a gratidão a Deus, devem ser levados para a família!
                               
Jamais a igreja local, mesmo com todo tipo de estratégia, conseguirá salvar as famílias se os seus membros não renovarem um compromisso com Deus! Jamais os encontros, programações, ou qualquer outro artifício, farão com que nossas famílias sejam alcançadas e transformadas, pois ter essa expectativa é ter a ilusão daqueles que estão surfando na onda do evangelho instantâneo, “fast food”, “self service”, e pragmático, que produz muito ativismo, mas jamais produz transformação de vidas!
                               
Que o Deus todo poderoso, que inventou a família, jamais nos permita a terceirização do cuidado que cada um de nós precisa ter por ela! Amém.


Pr. Élio Morais 

quinta-feira, 25 de abril de 2013

EU ESTOU OK, VOCÊ ESTÁ OK

Há muitos anos atrás, por necessidades da vida secular e profissional, me interessei e me aprofundei um pouco, a partir de um livro que eu li, sobre uma vertente da Psicologia, extremamente interessante, que inclusive cheguei a dar palestras sobre ela, a Análise Transacional.

Por definição científica, a Análise Transacional é um estudo que enfatiza a capacidade do ser humano de modificar seus sentimentos, reações, pensamentos e escolhas através do autoconhecimento e também do seu desenvolvimento pessoal. Enfatiza ainda que a despeito do caráter, da personalidade, do histórico familiar e dos traumas, é possível ao ser humano reverter e quebrar muitos paradigmas. 

Segundo, Thomas Harris, um dos psiquiatras criadores da Análise Transacional, e autor do livro que citei, há QUATRO ESTÁGIOS DO SER, e sempre estaremos vivendo um deles: 

1) Eu estou ok, e você está ok - (está tudo certo comigo e com os outros também);
2) Eu estou ok, e você não está ok - (está tudo certo comigo, mas com os outros não);
3) Eu não estou ok, e você está ok – (não está tudo certo comigo, mas com os outros sim);
4) Eu não estou ok, e você não está ok – (não está tudo certo comigo, nem com os outros).

O que me levou a pensar novamente sobre esse assunto foi um VÍDEO que vi numa rede social, em que um profissional que faz retratos falados, convida alguns pares de pessoas, que são desconhecidas uma das outras e dele também, para conviverem algum tempo dentro de um estúdio; elas conversam bastante e o tempo é suficiente para que possam descrever as características uns dos outros. Logo em seguida, a primeira pessoa é chamada à sala onde está o profissional, que não a vê, pois está de costas, e essa pessoa começa a se autodescrever enquanto ele a desenha conforme a autodescrição. Num segundo ato, entra a pessoa que conviveu com a que acabou de se autodescrever e também a descreve para o profissional – todos os pares fazem isso. 

O que se vê ao final são vários pares de desenhos das mesmas pessoas, mas,  muitíssimos diferentes. Vou explicar: As pessoas que se autodescreveram foram implacáveis consigo, acentuando exageradamente os seus defeitos e esquecendo seus traços mais atraentes. Segue-se, então, uma emoção muito grande naqueles que se autodescreveram, ao perceberem que os outros os viam com muito melhores olhos do que elas mesmas, e tiram lições surpreendentes. Excelente o vídeo, vale a pena ver!
Pensando na máxima de que é possível reverter sentimentos ruins e quebrar paradigmas com os quais temos convivido durante muitos anos, entendo que é absolutamente determinante investigar em qual estágio nos encontramos, e lutar para que nossas heranças psicológicas não tirem o ok que temos em nós, e o ok que existe nos outros. 

Agora, espiritualizando um pouco, o Senhor Jesus disse algo fundamentalmente importante:

 “São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!” Mat. 6:22-23

Quão melhores seriam nossas relações se, especialmente, considerássemos aquilo que somos em Cristo Jesus! 

“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram;
eis que se fizeram novas.” II Cor. 5.17

No Senhor Jesus podemos ver, sim, que está tudo certo conosco. No Senhor Jesus podemos ver, sim, que está tudo certo com os outros; afinal, se os nossos olhos forem bons, todo o nosso corpo será luminoso.

Deus o abençoe! Que você esteja ok como eu estou! Soli deo gloria!

Pr. Élio Morais

quinta-feira, 18 de abril de 2013


PORQUE ELE É O PAI

- Mas por que mamãe colocou somente três pedacinhos de carne em nossos pratos e no do papai ela colocou quatro? 

Questionou Guilherme. 

Ao que respondeu Mariana: 

- Porque ele é o pai!

Lembro-me muito bem desse diálogo quando Guilherme e Mariana eram bem pequeninhos no seminário onde estudávamos. O contexto era de profunda escassez material, pois nosso sustento financeiro era infinitamente menor do que aquele que julgávamos ser o necessário, essa era a razão da pequena quantidade de carne às refeições, mas, em compensação, convivíamos com uma graça infinitamente maior do que o melhor sustento material – ô vida de fé maravilhosa, aquela!
Mas o que me marcou profundamente naquele momento foi a resposta de Mariana, na intenção de justificar a prerrogativa do pai, sem nenhum lamento ou questionamento: - Porque ele é o pai, disse Mariana.
Desse dia em diante, em várias situações da minha vida, quando me faltam justificativas, quando o contexto não me é muito claro, quando a situação me causa certa perplexidade, invoco aquela lembrança, e digo: - É assim, porque Ele é o Pai – e isso me basta.
Basta-me saber, sem lamentar e questionar, que o Pai soberano, que tem o direito absoluto sobre a minha vida, tem prerrogativas sobre ela que eu não tenho, pois minha vida não me pertence, ela é do Pai.
Lidar com a soberania de Deus, não obstante a sua bondade, graça e misericórdia será, invariavelmente, navegar por águas profundas onde nossa limitada capacidade de entendimento jamais irá perscrutar, pois é difícil lidar com algo tão grandioso!
Mas ao mesmo tempo em que ela nos é, na maioria das vezes, totalmente incompreensível, pensar nela nos consola, acalma-nos e renova o nosso vigor, porquanto somos lembrados que há Alguém poderoso no controle de tudo. 
O grande pregador Charles Haddon Spurgeon vai dizer algo muito significativo sobre a soberania de Deus: 

"Não existe atributo que traga maior conforto aos filhos de Deus que o da Sua soberania. Nas condições mais adversas, em provações mais severas, nós cremos que de alguma forma a Sua soberania ordenou as aflições, que a Sua soberania nos governa, e que a Sua soberania nos santificará.”

Não posso saber o que você está passando, meu querido leitor e leitora. Não posso imaginar o quanto doloroso tem sido; não posso imaginar quantas lágrimas tem derramado por algo difícil e custoso que tem minado suas forças, mas posso te dizer: Ele é o Pai! É soberano, tem todo direito sobre tudo o que Ele criou, não deve satisfação a ninguém, mas, em que pese todo o seu sofrimento, este Deus soberano, é também justo, benevolente, extremamente amoroso, não tem prazer na dor de ninguém e, no momento dEle, trará não somente o livramento, mas luz sobre todas as coisas!

“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos
de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” Jer. 29:11

Pr. Élio Morais

quinta-feira, 4 de abril de 2013

SENTIMENTOS


Ao encerrarmos nossa Campanha de Missões Mundiais 2013, fica em nossos corações alguns sentimentos muito interessantes, e todos eles muito agradáveis.

O primeiro sentimento é o de termos sido vasos úteis nas mãos de Deus. É bom servirmos ao Senhor. É bom sermos vasos úteis. É bom o sentimento de termos sido instrumentos do Senhor em desafiar a igreja a se envolver mais com os Não Alcançados dos Confins da Terra.

O segundo sentimento é o de termos feito a coisa certa. É o sentimento muito claro de que estivemos envolvidos com o que é correto, com aquelas coisas que podemos esperar a interferência de Deus, pois Ele operará sim, porque isso trará glória para Ele! Em que pese as nossas imperfeições e infidelidades,  o sentimento de ter feito a coisa certa produz em nós algo muito bom e quase indescritível: a expectativa da frutificação e a certeza da colheita abundante. Produz em nós a paz da consciência e nos faz pessoas melhores, pois é bom fazermos o que é certo e direito.

O terceiro sentimento é o de termos agradado ao Senhor. Missões nasceu no coração de Deus! Alguém disse, com muita propriedade, que Deus ama tanto missões, que fez do Seu único filho um missionário. O sentimento de ter agradado ao Senhor fazendo essa Campanha é um sentimento indizível! Ele nos enobrece, ele enche o nosso coração de alegria e dá sentido à nossa existência! Nós devemos ter muito claro em nossa vida esse grande objetivo: agradar ao Senhor! Pensarmos que o Deus todo poderoso contempla nossas vidas e se agrada em nos ver envolvidos com a obra que Ele tanto ama deve dar um sentido enorme em nossas vidas! Deve nos impulsionar a viver essa vida de forma prudente, diligente e responsavelmente!

Mas deixei para o final o sentimento que mais gosto de ter nesse momento em que estamos encerrando nossa Campanha de Missões Mundiais 2013:

É o sentimento da certeza de que estamos fazendo parte da igreja que produz glória para Deus e não para ela mesma, ou para homens! É o sentimento de que, apesar de sermos uma minoria num universo de igrejas que estão olhando para os seus umbigos, para os seus interesses particulares, nós estamos pensando nos outros – naqueles que definitivamente ainda não ouviram o Evangelho, que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. Que sentimento glorioso é esse! Estivemos nesses dias proclamando aos Confins da Terra que Cristo é o Deus encarnado, que veio para salvar! Que Ele morreu na cruz, mas ressuscitou, e ressuscitarão com Ele todos aqueles que O receberam como Senhor e Salvador!

Qual é o sentimento que ocupa o seu coração no dia de hoje, meu prezado irmão e minha prezada irmã? Finalizo essa breve reflexão com uma asseveração do missionário americano Jim Elliot:

“Não é tolo aquele que abre mão do que não pode reter
para ganhar o que não pode perder.”
                              
Obrigado, Senhor, por mais essa oportunidade de serví-Lo. Amém!

Pr. Élio Morais

terça-feira, 19 de março de 2013


QUIETUDE

Aquietar-se jamais foi uma tarefa fácil para o homem, e nunca será. É-nos inerente o desejo de agir, de fazer, de dar seguimento àquilo que julgamos precisa ser feito. Faz parte do nosso caráter o desejo de tomar a iniciativa e fazer. Aliás, o fazer e o ser estão em constante conflito dentro de nós. Quando o apóstolo Pedro diz que o Senhor Jesus “quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente.” (I Pe. 2. 23), eu fico pensando na nobreza e na grandeza dessa atitude do Senhor Jesus de ficar quieto.

                                             Há diversas maneiras de se aquietar. Há a quietude da complacência, aquele ficar quieto na intenção de ver se as coisas melhoram; aquela quietude do “deixa do jeito que está para ver como é que fica”; um ficar quieto que passa pela morosidade e letargia de alguém que simplesmente vê a vida passar diante dos seus olhos e não quer assumir o papel que lhe cabe na história do mundo - essa é uma quietude absolutamente questionável!

                                             Há a quietude covarde, a quietude guiada pelo medo; aquele ficar quieto de quem deve alguma coisa, de quem teme por algo, de quem não quer ser descoberto - uma quietude necessária àqueles que praticam o mal!

                                             Mas a há a quietude de quem sabe exatamente por que está quieto, e essa foi a quietude do Senhor Jesus. Jamais é a quietude da morosidade e da letargia! Jamais a quietude medrosa e covarde! É a quietude de quem reconhece que há Alguém que pode agir melhor! É a atitude de alguém que não dá o troco, mas espera nAquele que saberá fazê-lo de uma forma melhor e mais justa. É a quietude que produz o livramento que traz glória para Deus!  

                                            Isso me faz lembrar outra imagem bíblica. Moisés, sucessivas vezes comunica novas intervenções de Deus na vida dos egípcios, a fim de libertarem o povo judeu da escravidão. A intervenção mais forte de Deus comunicada por Moisés a Faraó foi a morte dos primogênitos. Não adiantou! Faraó, obstinadamente, seguiu firme no desejo de impedir Moisés de prosseguir! Então, numa ação última e solitária de Deus, Ele dá uma ordem não mais para Faraó, mas para Moisés e os israelitas:

“Aquietai-vos e vede o livramento do SENHOR que, hoje, vos fará; porque os egípcios,
que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O SENHOR pelejará
por vós, e vós vos calareis.” Exo. 14. 13-14

                                            Quando nos aquietamos para Deus agir jamais seremos confundidos com os complacentes, nem com os morosos, nem com os letárgicos, muito menos com os procrastinadores! Quando nos aquietamos para Deus agir jamais seremos confundidos com os covardes, nem com os medrosos, muito menos com os que vivem nas trevas! Quando nos aquietamos para Deus agir seremos, sim, confundidos com os que vivem pela fé, com os que confiam no Senhor, com os submissos como Jesus, e com os mansos como Moisés.

                                            Oh, que maravilha, quando Deus nos pede a quietude que produz o livramento que traz glória para Ele! Aquietemo-nos!


Pr. Élio Morais

quinta-feira, 14 de março de 2013


NOSSA VIDA É UM MUNDO
DE DECISÕES

Começo o meu dia baseado numa escolha que eu fiz no dia anterior quando coloquei o meu relógio para despertar às seis e meia da manhã, sim isso já foi uma decisão e, a partir daí o meu dia foi uma sucessão delas.

Decidi tomar banho, escovar os dentes, que roupas iria usar, e o que comer no café da manhã. Decidi ler uma porção das Escrituras, orar um pouco, sair para trabalhar e, ao fazê-lo, decidi o caminho que ia percorrer.

Tomei várias decisões ao longo do dia. Lugares para ir, visitas a fazer, telefonemas a dar, opiniões a emitir, pensamentos que iriam se transformar em realidade pra mim. Decidi o que sentir, as ações que eu iria tomar e as maneiras de reagir. Decidi com o que me preocupar, no que iria acreditar, e quais prioridades iriam ser objeto da concentração de minhas energias.

Ao longo desse dia decidi se iria me guiar pelo que estava vendo ou pela fé que move o meu ser.

Decidi de que forma iria relacionar com o Deus que eu sirvo – sim um dia decidi que queria servi-Lo por toda vida! Então decidi ter com Ele um relacionamento pessoal e, pelo fato de não vê-lo, decidi que isso não iria fazer a menor diferença, pois o que Ele diz na Sua Palavra é totalmente verdadeiro e decidi andar por ela.

Ao longo do meu dia tive muitas oportunidades de me perder pelo caminho. Fui tentado a desistir, mas decidi que vale a pena continuar. Fui tentado a negociar princípios, mas me lembrei de onde os aprendi, e decidi permanecer com eles. Fui tentado a ouvir meu enganoso coração, mas decidi ouvir o Consolador. Fui tentado a dar o troco, mas decidi ser igual àquele que não revidou o ultraje. À noite, quando navegava pela internet e, depois, vendo um pouco de TV, fui tentado a satisfazer os desejos da minha carne, mas me lembrei de que já havia decidido fazer uma aliança com os meus olhos, como fizera Jó, e decidi, então, satisfazer os desejos do coração de Deus.

Aí, depois de ler um pouco, decidi que era hora de dormir, e logo peguei no sono, porque não precisei preocupar com as consequências das escolhas que fiz durante todo o dia, pois decidi sempre pelo que era correto, sempre pelo que era verdadeiro, sempre pelo que tinha virtude. Esse é um dia possível – decida-se por ele!

“E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos.”
Gál. 6.9
Pr. Élio Morais
PS: Escrever isso também foi uma decisão

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013


FALTA TEMOR DE DEUS ENTRE 
O POVO DE DEUS

Pior do que conviver com a falta de temor de Deus no mundo, é conviver com a falta de temor DE Deus ENTRE o povo de Deus! É inaceitável que um povo que conhece a Deus, que experimenta do seu amor e da sua proteção, que convive com a sua graça e sua fidelidade, sim, é inaceitável que esse povo faça algo menor do que andar no temor do Senhor!

Falta aquele temor que independe da religião, aquele temor ao ser superior, criador de tudo, santo, justo, amoroso, fiel. Falta, quem sabe, um temor àquele DEUS DESCONHECIDO, que se referiram os atenienses, e que Paulo estrategicamente aproveitou da situação para lhes anunciar o Deus de Israel.

Falta aquele temor a Deus, que nos põe freio, que nos impede de avançar em atos impensados, que nos faz parar ao invés de prosseguir obstinadamente em direção àquilo que terminará em destruição, tristeza e dor profunda.

Deus, muito decepcionado com o seu povo que andava desta forma, disse assim, através do profeta Isaías:


“Este povo honra-me com os lábios, mas o
seu coração está longe de mim.”


Deus estava cansado do “ajuntamento solene aliado à iniquidade!” Deus estava cansado de ser reverenciado e adorado apenas como uma imagem na parede; como alguém sem vida, sem pensamento, sem vontade, sem autoridade. Deus não suportava a ideia de ser tratado como um boneco, como alguém que não existia! Deus não suportava a ideia de apenas satisfazer o desejo de culto daquelas pessoas e não participar da vida delas, não ser objeto da confiança delas, de permanecer sempre alheio aos seus pensamentos e aos desejos dos seus corações.

Deus quer o temor do seu povo! Deus quer que paremos de ajustá-lo de acordo com os nossos desejos e conveniências! Deus quer muito mais do que frases de efeito, muito mais do que a nossa presença aos domingos na igreja, muito mais do que a nossa apresentação e a nossa declaração de que somos o povo dEle. Deus quer o temor da sua gente!

Temer a Deus é reconhecê-lo em todos os caminhos, é trata-lo como um ser pessoal e maravilhoso que a despeito da sua grandeza faz questão de se relacionar conosco e de cuidar de nós. É apartar-se do mal, é odiar a mentira, é praticar a justiça e a misericórdia, é promover a paz, é refrear a língua, é orar, é proclamar o Evangelho, é fazer alianças com os olhos, com os ouvidos, com os lábios, com as mãos, com os pés, com a mente e com o coração.

Ainda disse Deus através do profeta:


“Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação;
na tranquilidade e na confiança, a vossa força.”
                              
Que possamos nos aperceber da grandeza dessa declaração. Amém.

Pr. Élio Morais