quinta-feira, 2 de maio de 2013


FAMÍLIA,
INVENÇÃO DE DEUS, RESPONSABILIDADE MINHA!

                              
Deus inventou a família e isso faz dEle, além de tudo o que sabemos, um inventor maravilhoso! Quando Ele inventou a família, Ele inventou o bem mais precioso que alguém pode ter; o porto mais seguro, a sombra mais refrescante, o farol mais luminoso.
                               
É no seio da família que nos desnudamos sem a preocupação de sermos mal interpretados. É na família que nossas origens se identificam e nos lembram que os nossos laços, consanguíneos ou não, são tão fortes, que nos sentimos inatacáveis, intransponíveis e imbatíveis.
                               
É na família, nossa verdadeira cidade de refúgio, que encontramos abrigo no temporal, generosidade na escassez, boa vontade silenciosa, voluntariedade, solicitude e o amor, que brota como a semente boa, bem tratada, bem semeada.
                               
Nela, o amor, como um aroma suave, exala o seu cheiro, que contagia e convida a todos os que dela fazem parte a se unirem na dor, no sofrimento, na vitória, na alegria, na boa nova, no engraçado, no triste e, principalmente, no inesperado.
                               
É na família, que primeiramente se fica sabendo sobre Deus, porque Ele faz parte dela não somente inventando-a, mas cuidando, amparando-a, e manifestando Sua glória, pois jamais haverá um dia em família que a atuação de Deus não seja absolutamente perceptível!
                                
Mas precisamos valorizar mais essa maravilhosa invenção de Deus! Precisamos investir mais nela, pois jamais a família será tudo isso que citei acima se cada fiel não assumir a responsabilidade que lhe cabe! Jamais teremos famílias saudáveis se os fiéis não andarem com Deus, não viverem vidas separadas para Ele.
                               
Os valores de Deus, que aprendemos e apreendemos na igreja, o testemunho de uma vida transformada, a vontade de ser cheio do Espírito Santo, o desejo ardente de cultuar e de servir ao Senhor, a fidelidade conjugal, a fidelidade a Deus e a lealdade aos irmãos, a liberalidade, o hábito da oração e da leitura da Palavra de Deus, o ensino aos pequeninos e a gratidão a Deus, devem ser levados para a família!
                               
Jamais a igreja local, mesmo com todo tipo de estratégia, conseguirá salvar as famílias se os seus membros não renovarem um compromisso com Deus! Jamais os encontros, programações, ou qualquer outro artifício, farão com que nossas famílias sejam alcançadas e transformadas, pois ter essa expectativa é ter a ilusão daqueles que estão surfando na onda do evangelho instantâneo, “fast food”, “self service”, e pragmático, que produz muito ativismo, mas jamais produz transformação de vidas!
                               
Que o Deus todo poderoso, que inventou a família, jamais nos permita a terceirização do cuidado que cada um de nós precisa ter por ela! Amém.


Pr. Élio Morais 

quinta-feira, 25 de abril de 2013

EU ESTOU OK, VOCÊ ESTÁ OK

Há muitos anos atrás, por necessidades da vida secular e profissional, me interessei e me aprofundei um pouco, a partir de um livro que eu li, sobre uma vertente da Psicologia, extremamente interessante, que inclusive cheguei a dar palestras sobre ela, a Análise Transacional.

Por definição científica, a Análise Transacional é um estudo que enfatiza a capacidade do ser humano de modificar seus sentimentos, reações, pensamentos e escolhas através do autoconhecimento e também do seu desenvolvimento pessoal. Enfatiza ainda que a despeito do caráter, da personalidade, do histórico familiar e dos traumas, é possível ao ser humano reverter e quebrar muitos paradigmas. 

Segundo, Thomas Harris, um dos psiquiatras criadores da Análise Transacional, e autor do livro que citei, há QUATRO ESTÁGIOS DO SER, e sempre estaremos vivendo um deles: 

1) Eu estou ok, e você está ok - (está tudo certo comigo e com os outros também);
2) Eu estou ok, e você não está ok - (está tudo certo comigo, mas com os outros não);
3) Eu não estou ok, e você está ok – (não está tudo certo comigo, mas com os outros sim);
4) Eu não estou ok, e você não está ok – (não está tudo certo comigo, nem com os outros).

O que me levou a pensar novamente sobre esse assunto foi um VÍDEO que vi numa rede social, em que um profissional que faz retratos falados, convida alguns pares de pessoas, que são desconhecidas uma das outras e dele também, para conviverem algum tempo dentro de um estúdio; elas conversam bastante e o tempo é suficiente para que possam descrever as características uns dos outros. Logo em seguida, a primeira pessoa é chamada à sala onde está o profissional, que não a vê, pois está de costas, e essa pessoa começa a se autodescrever enquanto ele a desenha conforme a autodescrição. Num segundo ato, entra a pessoa que conviveu com a que acabou de se autodescrever e também a descreve para o profissional – todos os pares fazem isso. 

O que se vê ao final são vários pares de desenhos das mesmas pessoas, mas,  muitíssimos diferentes. Vou explicar: As pessoas que se autodescreveram foram implacáveis consigo, acentuando exageradamente os seus defeitos e esquecendo seus traços mais atraentes. Segue-se, então, uma emoção muito grande naqueles que se autodescreveram, ao perceberem que os outros os viam com muito melhores olhos do que elas mesmas, e tiram lições surpreendentes. Excelente o vídeo, vale a pena ver!
Pensando na máxima de que é possível reverter sentimentos ruins e quebrar paradigmas com os quais temos convivido durante muitos anos, entendo que é absolutamente determinante investigar em qual estágio nos encontramos, e lutar para que nossas heranças psicológicas não tirem o ok que temos em nós, e o ok que existe nos outros. 

Agora, espiritualizando um pouco, o Senhor Jesus disse algo fundamentalmente importante:

 “São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!” Mat. 6:22-23

Quão melhores seriam nossas relações se, especialmente, considerássemos aquilo que somos em Cristo Jesus! 

“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram;
eis que se fizeram novas.” II Cor. 5.17

No Senhor Jesus podemos ver, sim, que está tudo certo conosco. No Senhor Jesus podemos ver, sim, que está tudo certo com os outros; afinal, se os nossos olhos forem bons, todo o nosso corpo será luminoso.

Deus o abençoe! Que você esteja ok como eu estou! Soli deo gloria!

Pr. Élio Morais

quinta-feira, 18 de abril de 2013


PORQUE ELE É O PAI

- Mas por que mamãe colocou somente três pedacinhos de carne em nossos pratos e no do papai ela colocou quatro? 

Questionou Guilherme. 

Ao que respondeu Mariana: 

- Porque ele é o pai!

Lembro-me muito bem desse diálogo quando Guilherme e Mariana eram bem pequeninhos no seminário onde estudávamos. O contexto era de profunda escassez material, pois nosso sustento financeiro era infinitamente menor do que aquele que julgávamos ser o necessário, essa era a razão da pequena quantidade de carne às refeições, mas, em compensação, convivíamos com uma graça infinitamente maior do que o melhor sustento material – ô vida de fé maravilhosa, aquela!
Mas o que me marcou profundamente naquele momento foi a resposta de Mariana, na intenção de justificar a prerrogativa do pai, sem nenhum lamento ou questionamento: - Porque ele é o pai, disse Mariana.
Desse dia em diante, em várias situações da minha vida, quando me faltam justificativas, quando o contexto não me é muito claro, quando a situação me causa certa perplexidade, invoco aquela lembrança, e digo: - É assim, porque Ele é o Pai – e isso me basta.
Basta-me saber, sem lamentar e questionar, que o Pai soberano, que tem o direito absoluto sobre a minha vida, tem prerrogativas sobre ela que eu não tenho, pois minha vida não me pertence, ela é do Pai.
Lidar com a soberania de Deus, não obstante a sua bondade, graça e misericórdia será, invariavelmente, navegar por águas profundas onde nossa limitada capacidade de entendimento jamais irá perscrutar, pois é difícil lidar com algo tão grandioso!
Mas ao mesmo tempo em que ela nos é, na maioria das vezes, totalmente incompreensível, pensar nela nos consola, acalma-nos e renova o nosso vigor, porquanto somos lembrados que há Alguém poderoso no controle de tudo. 
O grande pregador Charles Haddon Spurgeon vai dizer algo muito significativo sobre a soberania de Deus: 

"Não existe atributo que traga maior conforto aos filhos de Deus que o da Sua soberania. Nas condições mais adversas, em provações mais severas, nós cremos que de alguma forma a Sua soberania ordenou as aflições, que a Sua soberania nos governa, e que a Sua soberania nos santificará.”

Não posso saber o que você está passando, meu querido leitor e leitora. Não posso imaginar o quanto doloroso tem sido; não posso imaginar quantas lágrimas tem derramado por algo difícil e custoso que tem minado suas forças, mas posso te dizer: Ele é o Pai! É soberano, tem todo direito sobre tudo o que Ele criou, não deve satisfação a ninguém, mas, em que pese todo o seu sofrimento, este Deus soberano, é também justo, benevolente, extremamente amoroso, não tem prazer na dor de ninguém e, no momento dEle, trará não somente o livramento, mas luz sobre todas as coisas!

“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos
de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” Jer. 29:11

Pr. Élio Morais

quinta-feira, 4 de abril de 2013

SENTIMENTOS


Ao encerrarmos nossa Campanha de Missões Mundiais 2013, fica em nossos corações alguns sentimentos muito interessantes, e todos eles muito agradáveis.

O primeiro sentimento é o de termos sido vasos úteis nas mãos de Deus. É bom servirmos ao Senhor. É bom sermos vasos úteis. É bom o sentimento de termos sido instrumentos do Senhor em desafiar a igreja a se envolver mais com os Não Alcançados dos Confins da Terra.

O segundo sentimento é o de termos feito a coisa certa. É o sentimento muito claro de que estivemos envolvidos com o que é correto, com aquelas coisas que podemos esperar a interferência de Deus, pois Ele operará sim, porque isso trará glória para Ele! Em que pese as nossas imperfeições e infidelidades,  o sentimento de ter feito a coisa certa produz em nós algo muito bom e quase indescritível: a expectativa da frutificação e a certeza da colheita abundante. Produz em nós a paz da consciência e nos faz pessoas melhores, pois é bom fazermos o que é certo e direito.

O terceiro sentimento é o de termos agradado ao Senhor. Missões nasceu no coração de Deus! Alguém disse, com muita propriedade, que Deus ama tanto missões, que fez do Seu único filho um missionário. O sentimento de ter agradado ao Senhor fazendo essa Campanha é um sentimento indizível! Ele nos enobrece, ele enche o nosso coração de alegria e dá sentido à nossa existência! Nós devemos ter muito claro em nossa vida esse grande objetivo: agradar ao Senhor! Pensarmos que o Deus todo poderoso contempla nossas vidas e se agrada em nos ver envolvidos com a obra que Ele tanto ama deve dar um sentido enorme em nossas vidas! Deve nos impulsionar a viver essa vida de forma prudente, diligente e responsavelmente!

Mas deixei para o final o sentimento que mais gosto de ter nesse momento em que estamos encerrando nossa Campanha de Missões Mundiais 2013:

É o sentimento da certeza de que estamos fazendo parte da igreja que produz glória para Deus e não para ela mesma, ou para homens! É o sentimento de que, apesar de sermos uma minoria num universo de igrejas que estão olhando para os seus umbigos, para os seus interesses particulares, nós estamos pensando nos outros – naqueles que definitivamente ainda não ouviram o Evangelho, que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. Que sentimento glorioso é esse! Estivemos nesses dias proclamando aos Confins da Terra que Cristo é o Deus encarnado, que veio para salvar! Que Ele morreu na cruz, mas ressuscitou, e ressuscitarão com Ele todos aqueles que O receberam como Senhor e Salvador!

Qual é o sentimento que ocupa o seu coração no dia de hoje, meu prezado irmão e minha prezada irmã? Finalizo essa breve reflexão com uma asseveração do missionário americano Jim Elliot:

“Não é tolo aquele que abre mão do que não pode reter
para ganhar o que não pode perder.”
                              
Obrigado, Senhor, por mais essa oportunidade de serví-Lo. Amém!

Pr. Élio Morais

terça-feira, 19 de março de 2013


QUIETUDE

Aquietar-se jamais foi uma tarefa fácil para o homem, e nunca será. É-nos inerente o desejo de agir, de fazer, de dar seguimento àquilo que julgamos precisa ser feito. Faz parte do nosso caráter o desejo de tomar a iniciativa e fazer. Aliás, o fazer e o ser estão em constante conflito dentro de nós. Quando o apóstolo Pedro diz que o Senhor Jesus “quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente.” (I Pe. 2. 23), eu fico pensando na nobreza e na grandeza dessa atitude do Senhor Jesus de ficar quieto.

                                             Há diversas maneiras de se aquietar. Há a quietude da complacência, aquele ficar quieto na intenção de ver se as coisas melhoram; aquela quietude do “deixa do jeito que está para ver como é que fica”; um ficar quieto que passa pela morosidade e letargia de alguém que simplesmente vê a vida passar diante dos seus olhos e não quer assumir o papel que lhe cabe na história do mundo - essa é uma quietude absolutamente questionável!

                                             Há a quietude covarde, a quietude guiada pelo medo; aquele ficar quieto de quem deve alguma coisa, de quem teme por algo, de quem não quer ser descoberto - uma quietude necessária àqueles que praticam o mal!

                                             Mas a há a quietude de quem sabe exatamente por que está quieto, e essa foi a quietude do Senhor Jesus. Jamais é a quietude da morosidade e da letargia! Jamais a quietude medrosa e covarde! É a quietude de quem reconhece que há Alguém que pode agir melhor! É a atitude de alguém que não dá o troco, mas espera nAquele que saberá fazê-lo de uma forma melhor e mais justa. É a quietude que produz o livramento que traz glória para Deus!  

                                            Isso me faz lembrar outra imagem bíblica. Moisés, sucessivas vezes comunica novas intervenções de Deus na vida dos egípcios, a fim de libertarem o povo judeu da escravidão. A intervenção mais forte de Deus comunicada por Moisés a Faraó foi a morte dos primogênitos. Não adiantou! Faraó, obstinadamente, seguiu firme no desejo de impedir Moisés de prosseguir! Então, numa ação última e solitária de Deus, Ele dá uma ordem não mais para Faraó, mas para Moisés e os israelitas:

“Aquietai-vos e vede o livramento do SENHOR que, hoje, vos fará; porque os egípcios,
que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O SENHOR pelejará
por vós, e vós vos calareis.” Exo. 14. 13-14

                                            Quando nos aquietamos para Deus agir jamais seremos confundidos com os complacentes, nem com os morosos, nem com os letárgicos, muito menos com os procrastinadores! Quando nos aquietamos para Deus agir jamais seremos confundidos com os covardes, nem com os medrosos, muito menos com os que vivem nas trevas! Quando nos aquietamos para Deus agir seremos, sim, confundidos com os que vivem pela fé, com os que confiam no Senhor, com os submissos como Jesus, e com os mansos como Moisés.

                                            Oh, que maravilha, quando Deus nos pede a quietude que produz o livramento que traz glória para Ele! Aquietemo-nos!


Pr. Élio Morais

quinta-feira, 14 de março de 2013


NOSSA VIDA É UM MUNDO
DE DECISÕES

Começo o meu dia baseado numa escolha que eu fiz no dia anterior quando coloquei o meu relógio para despertar às seis e meia da manhã, sim isso já foi uma decisão e, a partir daí o meu dia foi uma sucessão delas.

Decidi tomar banho, escovar os dentes, que roupas iria usar, e o que comer no café da manhã. Decidi ler uma porção das Escrituras, orar um pouco, sair para trabalhar e, ao fazê-lo, decidi o caminho que ia percorrer.

Tomei várias decisões ao longo do dia. Lugares para ir, visitas a fazer, telefonemas a dar, opiniões a emitir, pensamentos que iriam se transformar em realidade pra mim. Decidi o que sentir, as ações que eu iria tomar e as maneiras de reagir. Decidi com o que me preocupar, no que iria acreditar, e quais prioridades iriam ser objeto da concentração de minhas energias.

Ao longo desse dia decidi se iria me guiar pelo que estava vendo ou pela fé que move o meu ser.

Decidi de que forma iria relacionar com o Deus que eu sirvo – sim um dia decidi que queria servi-Lo por toda vida! Então decidi ter com Ele um relacionamento pessoal e, pelo fato de não vê-lo, decidi que isso não iria fazer a menor diferença, pois o que Ele diz na Sua Palavra é totalmente verdadeiro e decidi andar por ela.

Ao longo do meu dia tive muitas oportunidades de me perder pelo caminho. Fui tentado a desistir, mas decidi que vale a pena continuar. Fui tentado a negociar princípios, mas me lembrei de onde os aprendi, e decidi permanecer com eles. Fui tentado a ouvir meu enganoso coração, mas decidi ouvir o Consolador. Fui tentado a dar o troco, mas decidi ser igual àquele que não revidou o ultraje. À noite, quando navegava pela internet e, depois, vendo um pouco de TV, fui tentado a satisfazer os desejos da minha carne, mas me lembrei de que já havia decidido fazer uma aliança com os meus olhos, como fizera Jó, e decidi, então, satisfazer os desejos do coração de Deus.

Aí, depois de ler um pouco, decidi que era hora de dormir, e logo peguei no sono, porque não precisei preocupar com as consequências das escolhas que fiz durante todo o dia, pois decidi sempre pelo que era correto, sempre pelo que era verdadeiro, sempre pelo que tinha virtude. Esse é um dia possível – decida-se por ele!

“E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos.”
Gál. 6.9
Pr. Élio Morais
PS: Escrever isso também foi uma decisão

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013


FALTA TEMOR DE DEUS ENTRE 
O POVO DE DEUS

Pior do que conviver com a falta de temor de Deus no mundo, é conviver com a falta de temor DE Deus ENTRE o povo de Deus! É inaceitável que um povo que conhece a Deus, que experimenta do seu amor e da sua proteção, que convive com a sua graça e sua fidelidade, sim, é inaceitável que esse povo faça algo menor do que andar no temor do Senhor!

Falta aquele temor que independe da religião, aquele temor ao ser superior, criador de tudo, santo, justo, amoroso, fiel. Falta, quem sabe, um temor àquele DEUS DESCONHECIDO, que se referiram os atenienses, e que Paulo estrategicamente aproveitou da situação para lhes anunciar o Deus de Israel.

Falta aquele temor a Deus, que nos põe freio, que nos impede de avançar em atos impensados, que nos faz parar ao invés de prosseguir obstinadamente em direção àquilo que terminará em destruição, tristeza e dor profunda.

Deus, muito decepcionado com o seu povo que andava desta forma, disse assim, através do profeta Isaías:


“Este povo honra-me com os lábios, mas o
seu coração está longe de mim.”


Deus estava cansado do “ajuntamento solene aliado à iniquidade!” Deus estava cansado de ser reverenciado e adorado apenas como uma imagem na parede; como alguém sem vida, sem pensamento, sem vontade, sem autoridade. Deus não suportava a ideia de ser tratado como um boneco, como alguém que não existia! Deus não suportava a ideia de apenas satisfazer o desejo de culto daquelas pessoas e não participar da vida delas, não ser objeto da confiança delas, de permanecer sempre alheio aos seus pensamentos e aos desejos dos seus corações.

Deus quer o temor do seu povo! Deus quer que paremos de ajustá-lo de acordo com os nossos desejos e conveniências! Deus quer muito mais do que frases de efeito, muito mais do que a nossa presença aos domingos na igreja, muito mais do que a nossa apresentação e a nossa declaração de que somos o povo dEle. Deus quer o temor da sua gente!

Temer a Deus é reconhecê-lo em todos os caminhos, é trata-lo como um ser pessoal e maravilhoso que a despeito da sua grandeza faz questão de se relacionar conosco e de cuidar de nós. É apartar-se do mal, é odiar a mentira, é praticar a justiça e a misericórdia, é promover a paz, é refrear a língua, é orar, é proclamar o Evangelho, é fazer alianças com os olhos, com os ouvidos, com os lábios, com as mãos, com os pés, com a mente e com o coração.

Ainda disse Deus através do profeta:


“Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação;
na tranquilidade e na confiança, a vossa força.”
                              
Que possamos nos aperceber da grandeza dessa declaração. Amém.

Pr. Élio Morais

Marley e eu! (versinhos simples)

Ela é linda como a flor da manhã, suave como a flor do dia. Tem cheiro de maçã, é agradável companhia. 

Ela é mulher cheia de virtude, mãe cheia de cuidado. Esposa na plenitude, amiga de braço dado.

Ela é brava, ela luta - ela sabe o que quer!
Ela é meiga, ela escuta - ela é mulher.

Mulher sem igual, ela enriquece o meu dia.
Esposa leal - sem ela, meu Deus, o que eu faria?

Quando a conheci não tive dúvida: - Mãe, achei aquela com quem vou me casar!

Quase trinta anos depois estou certo: - Pai, ajuda-me, com ela sempre quero estar!

Hoje é o seu aniversário.
Obrigado, Senhor, por essa joia rara!
Sou Abraão, ela é Sara.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

QUEM SOU EU?


QUEM SOU EU?

Talvez uma das descobertas mais libertadoras do ministério seja o reconhecimento de que o vocacionado por Deus, aquele que foi chamado para uma grande obra, é absolutamente incapaz de realizá-la, é totalmente desprovido de poder para dirigi-la, e frágil demais para suportar as lutas que decorrem dela.

Em contrapartida, ainda fazendo parte dessa descoberta e da redenção que há nela, descobre-se que quem foi vocacionado o foi por Alguém. Quem foi chamado também o foi por Alguém. Observem esse texto:

“Quem sou eu para ir falar com o rei do Egito e tirar
daquela terra o povo de Israel?”
Êxo. 3. 11

O contexto deste versículo é um contexto de dor e sofrimento de um povo que estava sendo oprimido por uma nação, o Egito, e que deveria ser libertado por um homem, Moisés.

Ao ser comunicado dessa missão, rapidamente, Moisés faz uma leitura da grandeza do chamado, da sua pequenez e fragilidade, e faz uma angustiante pergunta para Deus: - Quem sou eu para poder fazer isto?

O que eu acho mais interessante daí para frente é que Deus não se preocupa e nem tem a intenção de convencer Moisés de que ele teria condições para realizar a missão. Não! Deus sabiamente concorda com a pequenez e fragilidade de Moisés, dizendo-lhe: - Eu estarei com você!

Que Deus generoso é esse que não faz questão de expor o quanto somos pequenos e frágeis! Que Deus generoso é esse que rapidamente nos leva a tirar os olhos de nós mesmos e fixa-los nEle e na força do Seu poder! Que Deus generoso que nos vocaciona, nos chama, nos apresenta a missão, e nos diz: - Eu estarei com você!

Libertei-me de um monte de sentimentos ruins quando descobri que sou frágil demais para o ministério, e fui tomado por fé, coragem e ousadia ao descobrir que, ao me chamar, o Deus todo poderoso também me pega pela mão e luta as minhas lutas. Ele é quem peleja por mim! Ele é quem me defende! Ele é quem dá as minhas respostas! Afinal, sou dEle e trabalho pra Ele. Afinal, Ele me chamou, me vocacionou, e me diz: - Eu estarei com você!

Não preciso de mais nada! Tampouco preciso olhar para mim! Preciso apenas depender daquele que me chamou das trevas para Sua maravilhosa luz! Quero agradá-lo! Quero servi-lo! Quero ser cuidado por Ele!

Sim, Senhor, esteja comigo!

Pr. Élio Morais

terça-feira, 22 de janeiro de 2013


“QUANDO SER INSENSATO É PREFERÍVEL.”

Somente no Livro dos Provérbios encontramos quarenta e seis citações sobre o homem insensato e, todas elas, para deixar explícitas as características nefastas do homem com falta de senso, do homem sem sabedoria.

Mas o que nos causa espécie é que o mesmo autor de Provérbios, o sábio Salomão, vai dizer que não é para o insensato que há uma menor esperança de dias melhores, mas, sim, para o homem que é sábio aos próprios olhos, veja:

“Tens visto a um homem que é sábio a seus próprios olhos? Maior
esperança há no insensato do que nele.” Prov. 26:12 

O homem sábio aos próprios olhos não cresce, não se aperfeiçoa, não amadurece, não vence obstáculos pessoais, pois, como diz o versículo, ele é sábio aos próprios olhos, jamais ele achará que sabe menos, e jamais ele achará que alguém sabe mais. Faz-se necessário dizer, então, que o sábio aos próprios olhos é conhecido pelos outros, mas não é conhecido por ele mesmo, pois o seu conhecimento é falso.

Depreende-se que o sábio aos próprios olhos, então, não é sábio. Na verdade ele é tolo e, como diz Salomão, está numa categoria inferior à categoria do insensato, pois “...maior esperança há para o falto de censo, do que para ele.”

Mas quando falamos do homem sábio aos próprios olhos e na falta de esperança que há para ele, jamais deveríamos incorrer no erro de pensarmos no irmão que está do nosso lado, no vizinho “sem-noção” que nos perturba, no colega de trabalho inconveniente, no amigo folgado que não se enxerga. Quando falamos do homem sábio aos próprios olhos precisamos nos voltar para nós mesmos, porque poderemos sim ser esse homem pior que o insensato. Poderemos sim ser esse “sem-noção”, e o seremos na medida em que nos permitimos andar sem conselho, sem instrução, sem considerarmos o contraditório, sem considerarmos que as vias que andamos são vias de mãos duplas

Nós seremos esse “sem-noção”, sábio aos próprios olhos, na medida em que nos permitimos que o nosso ego prevaleça em detrimento daquilo é superior ou verdadeiro, na medida em que nos permitimos uma vida ensimesmada, uma vida em defesa de direitos que não temos, ou, no mínimo, que não deveríamos reivindicá-los.

Mas Salomão não disse que não há esperança para o sábio aos próprios olhos. Ele disse, sim, que há mais esperança para o insensato do que para ele. Então, não obstante a esse grau de dificuldade, há sim esperança para o sábio aos próprios olhos. Basta que, à semelhança do apóstolo Paulo, ele aplique o seguinte princípio à sua vida:

“Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.”
1 Coríntios 2:2 

Que a nossa sabedoria seja tão somente aquilo que sabemos de Cristo, e que isso nos traga regozijo e seja o bastante. Amém.

Pr. Élio Morais

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013


O Caminho!

Frequentemente, somos exortados na Palavra de Deus a seguirmos ao Senhor Jesus, e de formas bem contundentes as Escrituras não deixam dúvida sobre esse imperativo. Sim, claro, Ele é o Caminho! Contudo, precisamos entender isso.

Estamos certos de que o Senhor Jesus é o Caminho, porém Ele não é uma estrada, ou uma trilha, ou uma ponte pelas quais passamos, pois estamos tratando de uma metáfora. O Senhor Jesus é o Caminho, porque por Ele se chega a Deus, e porque por Ele Deus se manifesta a nós!   
                
Por ser Ele o Caminho, muitas pessoas infelizmente pensam que acreditando nEle e até considerando que ninguém vai ao Pai senão por Ele, acham que isso é suficiente, mas não é bem assim, não.

O Senhor Jesus ao se declarar que Ele é o Caminho para se chegar ao Pai, Ele quer que entendamos, sobretudo, que para que isso aconteça há de se encontrar nesse coração, além do desejo, o entendimento do que isso significa.                                     
                         
Jesus Cristo é o Caminho, porque Ele é o Deus encarnado que se fez homem e “...habitou entre nós, cheio de graça e de verdade.” (Joa. 1.14).

Jesus Cristo é o Caminho, “...porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade.” (Col. 2.9).

Tendo fé suficiente para se crer nisso, essa mesma fé deverá, não obstante, fazer-nos andar segundo esse entendimento, ou seja, saltarmos da teoria à prática imediatamente, e isso tem tudo a ver com que o apóstolo Paulo vai dizer:

“Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele
radicados, e edificados, e confirmados na fé.” (Col. 2.7)

Fico convencido, então, prezados, de que o que determinará se entendemos mesmo essas verdades é o “...andar nEle...”. Esse andar em Cristo não somente será determinante de que Ele, sim, é o Caminho, pois de fato estaremos andando nEle, mas, sobretudo, que a vida dEle em nós nos transformou, nos vivificou, e nos tornou novas criaturas – redimidas, justificadas e lavadas pelo poder regenerador dEle, mudanças absolutamente essenciais para a nossa convivência com o Pai, no Céu.

Que esse “...andar nEle...seja uma marca tão viva em nós, que aqueles que nos observam possam se interessar por Aquele que é o “Caminho, e a Verdade , e a Vida.”. Amém.

Pr. Élio Morais

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013


“...tempo de chorar...”
Ec. 3.4a

Salomão, em sua sabedoria, disse dentre outras coisas que haveria um tempo em que seria “tempo de chorar”. Ele disse que haveria um tempo em que o correto, o coerente e o normal seria chorar, pois qualquer outra atitude seria anômala àquele momento. É absolutamente estranho correr quando se deve ficar parado; é muito estranho comer quando se deve dormir; e não é coerente falar quando se deve calar, pois há tempo para cada coisa!

Parece que os crentes de hoje em dia não são tão afeitos ao “tempo de chorar”. A igreja do Senhor Jesus vive os seus dias mais difíceis e parece que o tempo é de se alegrar, de dançar, de determinar, de reivindicar direitos, mas nunca de encontrar “tempo para chorar”.
                              
Mas que fenômeno é esse, que nos leva a rir e dançar, quando temos que lamentar e chorar? Que fenômeno é esse que leva o crente a ir e vir despreocupadamente como se tudo estivesse indo muito bem? Talvez, ou melhor, eu estou certo de que a igreja do Senhor Jesus encontra-se cada vez mais insensível à miséria em que ela está rodeada ou inserida. Nunca se viu tantas separações nas igrejas, tantos divórcios, tantos adultérios, tantos casos de drogas, tanta corrupção, e nós não encontramos tempo para chorar e lamentar por isso!!

Jeremias, que ironia, o profeta chorão, vai dizer no primeiro capítulo do seu livro profético, no verso 16:

“Por estas coisas, choro eu; os meus olhos se desfazem
em águas......porque prevaleceu o inimigo.”


Ele chorava, seus olhos se desfaziam em águas, porque ele via o estado degradante em que chegara o povo de Israel, o seu povo! O profeta Jeremias não se continha, porquanto ele percebia o estado lastimável que o povo de Israel chegara contrastando com a santidade do Deus que os criara. O profeta chorava e batia no peito, porque ele sabia que a ruína pela qual passava o povo de Israel era consequência do peso da mão de Deus por causa dos pecados cometidos. Ele chorava e lamentava porque via “...prevalecer o inimigo.”

Há de se chorar, prezados, porque o tempo é de chorar! Há de se lamentar todos aqueles que têm sido contemporâneos de um mundo que está como nos dias de Sodoma e Gomorra, de um mundo que está como nos dias de Noé, de pessoas que estão indo e vindo, que estão entesourando para esse mundo, e que definitivamente não estão nem um pouco preocupadas com a iminente volta de Jesus! Há de se chorar ao se ver crentes que não se preocupam com edificação do Reino de Deus!! Há de se chorar ao se ver muitos crentes transformando a igreja do Senhor em salões de encontro, e jamais de adoração e aprendizado da Palavra! Há se chorar por vermos a Palavra de Deus sendo ignorada completamente em detrimento dos desejos menores, os desejos da carne!

Que surjam em nosso meio homens como o profeta Daniel, que não se conteve ao contemplar a miserável situação do seu povo e disse:

“...temos pecado e cometido iniquidades, procedemos perversamente e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos... Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não te retardes, por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome.” Dan. 9. 5 e 19
                              
Que o Senhor tenha misericórdia da nossa geração. Amém!
Pr. Élio Morais

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013


Valor à verdade!


Não deve ser surpresa para ninguém que a igreja do Senhor Jesus tem vivido a época do pragmatismo, do relativismo e do descompromisso. Nunca se viu manipular tanto a verdade das Escrituras, a fim de que ela seja adequada a todos os gostos, todos os modismos e satisfaça todos os desejos e todas as cobiças.

Mormente, o desejo de todo ser humano pela religião e por Deus, sempre será bem-vindo, então, qualquer esforço no sentido de se adequar a Palavra de Deus para que ela não incomode tanto, para que ela não cause tanto desconforto.

Neste afã, portanto, em que pese a verdade das Escrituras ser a Palavra de Deus, não tem faltado no meio cristão quem queira uma palavra manipulada e, infelizmente, quem a manipule - e temos que lutar contra essas duas classes.

Nesses dias que antecedem a volta do Senhor Jesus, mais do que nunca, devemos dar crédito à severa advertência de Paulo a Timóteo, quando ele diz:

“Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.” II Tim. 4. 3-4

Entendemos com muita clareza, que nesses últimos tempos, por não suportarem a Palavra de Deus como ela fora revelada, muitos estejam se cercando de pessoas que a pregam de acordo com as suas próprias conveniências, e não é de se admirar, portanto, encontrar um número cada vez maior de pessoas se afastando de igrejas sérias e rapidamente encontrando outras que as façam se sentir muito bem a despeito de pecados cometidos.

Infelizmente, não tem sido difícil encontrar pessoas rejeitando a Verdade e se entregando às fábulas preparadas inteligentemente para ouvidos ávidos. Aliás, vale dizer que há certa lógica em se querer ouvir fábulas ao invés de ouvir a Verdade – é que normalmente as fábulas não são acompanhadas da aplicabilidade e do compromisso que se deve assumir quando se ouve a Verdade. Notem que ninguém jamais se sentiu incomodado com fábulas, afinal elas são historietas. Mas e a Verdade? A Verdade é como a luz que revela o que está em trevas - e muitos não querem ser reprovados!

Que sejamos como o maravilhoso rei Davi, homem segundo o coração de Deus, que disse assim, no Salmo 119, verso 48:

“Para os teus mandamentos, que amo, levantarei as mãos e
meditarei nos teus decretos.”

Pr. Élio Morais